Oncologia Pediátrica
Conteúdo em desenvolvimento, aguarde.
Não ofereça TV, celular, tablet enquanto a criança come, isso tira atenção dela aos sabores e texturas dos alimentos. Nunca force a criança a comer, observe a quantidade colocada no prato e sinais de saciedade que ela possa demonstrar. Não há necessidade de alimentar a criança enquanto ela corre pela casa, mostre o local adequado, inclusive com o seu exemplo e de toda família sentando à mesa no momento das refeições. Evite comparações e barganha do tipo “Olhe seu primo como raspa o prato!” ou “Se não comer tudo, não vai assistir TV!”.
NUNCA! A criança deve mamar sempre que quiser. A adequação dos horários de mamada e refeições vai vir com o tempo e crescimento da criança. Caso o bebê mame e durma no momento da refeição, ao acordar deverá ser oferecido os alimentos adequados para aquele horário, sem pressão na criança e no adulto que oferece o alimento. O lema aqui é: Paciência e persistência!
O mel, apesar de muito gostoso e natural pode ser contaminado por uma bactéria associada ao botulismo. Orienta-se evitá-lo pois é sabido que crianças menores de 1 ano tem menor resistência a essa bactéria e pode desenvolver a doença levando a sintomas neurológicos importantes e por vezes irreversíveis.
A escolha dos alimentos nos primeiros anos de vida do bebê, é responsável pela formação dos hábitos alimentares daquela criança. Devemos escolher os alimentos mais saudáveis e trazer as crianças junto nesse processo de transformação. Apresente aos seus filhos a maior diversidade possível dos alimentos saudáveis, dê preferência aos alimentos disponíveis na época do ano e na sua região e não desanime na primeira recusa que ele apresentar. Ofereça muitas vezes, inclusive os alimentos que você não gostar. Deixe a criança fazer sua escolha dentre aqueles alimentos que você separou e observe as preferências dele. Além disso, envolva a criança no preparo das refeições permitindo que ela vivencie as tarefas do dia a dia, ela vai se sentir útil e adorar passar mais tempo com você. Estimule à autonomia do seu filho, será importante para uma relação saudável com a alimentação.
Não há uma proibição expressa de qualquer alimento para as crianças em geral. O importante é oferecer alimentos em sua maioria in natura ou minimamente processados, deixando os alimentos processados (exemplo: conservas de legumes/leguminosas, extratos/molhos de tomate que contém açúcar e sal, castanhas com sal ou açúcar, carnes ou peixes salgados, frutas em calda ou cristalizadas, queijos e pães) em mínimas quantidades e evitar alimentos ultra processados (refrigerantes e sucos em pó, bebidas, sopas e macarrão prontos para beber/comer, achocolatados, energéticos, salgadinhos de pacote, bolachas, chocolates, guloseimas, gelatina, sanduíches, biscoitos, nuggets, salsicha, bolos, cereais matinais, produtos congelados prontos para aquecer, etc), para crianças e adultos. Crianças com restrições alimentares devem ser olhadas uma a uma, com suas características e particularidades.
Por que oferecer frutas em vez de sucos? Há inúmeras razões que justificam dar às crianças a fruta em pedaços em vez de na forma líquida. • Ao mastigar uma fruta, a criança exercita a musculatura da boca e do rosto e pode sentir a textura da fruta. • Se o suco for coado, há redução das fibras da fruta que previnem a constipação intestinal (prisão de ventre ou intestino preso). • Pelo fato de os sucos serem, geralmente, adicionados de açúcar, seu consumo está relacionado com o desenvolvimento de cárie e excesso de peso, entre outros problemas de saúde. O consumo de suco em horário próximo à refeição pode deixar a criança satisfeita e fazer com que ela diminua o consumo dos outros alimentos. • Quando a criança se habitua a tomar suco para matar a sede, ela pode ter dificuldade em beber água pura. Além disso, tomar suco em excesso aumenta a chance de ela apresentar excesso de peso. Portanto, recomenda-se que não sejam oferecidos sucos de frutas à criança menor de 1 ano, mesmo aqueles feitos somente com fruta. Entre 1 e 3 anos de idade, eles continuam não sendo necessários, mas se forem oferecidos, pode-se dar cerca de 120 mL de suco por dia, desde que seja natural da fruta e sem adição de açúcar. Pode fazer parte de uma refeição, sendo oferecido, de preferência, ao término dela.
Há quem diga que este método é uma evolução do método BLW ou uma adaptação. A sigla é proveniente do termo em inglês “Baby-led introduction to solids”, em português: “introdução de sólidos liderado pelo bebê”.
Ambos baseam-se na autoalimentação do bebê, tem as mesmas orientações de corte em pedaços e não utilização de papas ou colheres, além dos mesmos cuidados com a segurança dos bebês. A grande diferença entre eles é como fazer a escolha dos alimentos ofertados à criança. O método BLISS possui uma preocupação com a quantidade de calorias e ferro ingeridos pela criança, orientando que no prato do almoço e jantar, tenha um alimento de alto teor energético (abacate, banana, abóbora, batata, batata doce, mandioquinha + uma colher de azeite extravirgem) e um alimento rico em ferro (carne de boi ou frango ou peixe ou porco, fígado, feijão ou grão de bico).
A enfermeira inglesa, PhD. Gill Rapley começou a falar sobre o método em 2001, que virou livro em 2008, com uma nova edição em 2019. Refere-se ao método Baby-Led Weaning (desmame liderado pelo bebê), que recomenda deixar o próprio bebê se alimentar, mexer nos alimentos e os levar até sua boca, sem necessidade de purês ou talheres. Inclusive, recomendam que não deixe ninguém, exceto seu bebê, colocar comida na boca.
Preconiza a introdução gradual de alimentos in natura ou cozidos, cortados em palitos ou tiras grandes, e que no almoço e jantar devem ter a seguinte composição: cereais ou tubérculos + leguminosas + legumes ou verduras + frango, carne vermelha (inclusive miúdos), peixe, ovos ou derivados de leite. Deixar o bebê descobrir diferentes sabores e texturas propondo que o próprio bebê se alimente sozinho, sem ajuda dos pais ou cuidadores. Este método da total autonomia ao bebê, que decide a quantidade de alimento que quer comer e o tempo da refeição também.
Criar este hábito alimentar do seu bebê pode ser uma fase demorada e complicada no início, sendo assim, alertam não espere que seu bebê coma muito no início, que podem comer apenas pequenas quantidades durante os primeiros meses e que, neste momento, o importante é descobrir e aprender ao invés de comer. Além disso, saiba que vai haver sujeira, comidas vão sujar seu rostinho e também todo local onde ele se alimenta.
Orientam que caso o bebê não goste de determinado alimento é importante voltar a oferecê-lo em outra oportunidade e de outras maneiras de corte, assim como o método tradicional orienta. Importante ressaltar que a segurança do bebê deve falar mais alto, ou seja, evite alimentos que possam causar engasgos, corte em pedaços uvas, por exemplo, retire caroços de cerejas e azeitonas, e NUNCA deixe seu bebê sozinho com comida.
Baseiam-se na oportunidade dos bebês explorem sabores, texturas, cores e cheiros, incentivando sua independência e confiança, desenvolvendo sua coordenação motora e habilidades de mastigação e tornando a alimentação menos exigente.
Tradicionalmente, a orientação é amassar a comida com garfo em forma de papas. Depois evoluir neste aspecto picando os alimentos em pedaços pequenos até pedaços maiores. Inicialmente, era orientado oferecer alimentos sob a forma de papas ou purês de legumes, cereais e frutas, 2 ou 3 vezes por dia, a depender se recebiam leite materno ou não. Desencorajavam sopas e comidas ralas e somente aos 8 meses, orientavam oferecer os mesmos alimentos preparados para a família, desde que amassados, desfiados, picados ou cortados em pedaços. Não orientam o uso do liquidificador, mixer ou peneira. Deve oferecer alimentos variados numa mesma refeição, acabando com aquela crença de que primeiro devemos oferecer suco de frutas e então papa de frutas e por fim a papa salgada. Assim, a orientação é de que, além do leite materno, ofereça alguma fruta no meio da manhã e no meio da tarde à criança, almoço e jantar.
Acreditam que, aos 6 meses, a consistência adequada é aquela firme, ou seja, não escorre da colher. Para prevenir deficiências nutricionais (ferro e vitamina A) orientam uma combinação de alimentos, uma pequena quantidade de leguminosa (qualquer tipo de feijão, ervilha, grão de bico, soja e lentilha), cereal (arroz, arroz integral, aveia, centeio, milho, trigo, fubá) ou raízes ou tubérculos (qualquer tipo de batata, cará, inhame e mandioca), legumes (abóbora, abobrinha, berinjela, beterraba, cenoura, chuchu, jiló, pepino, pimentão e quiabo) e verduras (acelga, agrião, alface, brócolis, cebola, couve, couve-flor, espinafre, ora-pro-nóbis e repolho) e carnes ou ovos (carne de boi, porco, cabrito, cordeiro, búfalo, aves, coelho, vísceras ou miúdos como fígado bovino, de aves, estômago ou bucho, tripa, moela de frango, peixes, frutos do mar, ovos de galinha, codorna entre outras aves).
Todas as frutas podem e devem ser oferecidas às crianças: abacate, abacaxi, ameixa, amora, banana, caju, caqui, carambola, cereja, jabuticaba, jaca, laranja, tangerina, laranja-lima, maçã, mamão, melancia, melão, morango, pêra, pêssego, uva. Sempre bom variar para ter diversas vitaminas e minerais presente em cada uma delas, além de experimentar diversos sabores e texturas, essencial no desenvolvimento da mastigação. Sevem ser oferecidas sempre sem adição de açúcar, podem ser raspadas ou amassadas com garfo e/ou ofertadas em pedaços para que a criança possa segurar com suas próprias mãos. Atenção para frutas pequenas ou com caroços, evite engasgos. Os únicos alimentos não recomendados em nenhuma das refeições são os alimentos ultraprocessados.
Existem basicamente 3 maneiras de introduzir alimentos na vida de um bebê. O método tradicional, o método BLW e o método BLISS.
Um bebê, em geral, é capaz de comer alimentos que não o leite a partir de 6 meses. Isso porque ele já é capaz de sustentar sua cabecinha, já consegue ficar sentado, mesmo que com apoio e porque nesta idade a curiosidade em relação aos alimentos que adultos comem aumenta, o interesse aparece. Ele é colaborativo, ou seja, abre a boca para receber os alimentos e ainda leva alimentos colocados em suas mãozinhas fofas para a boca. Além disso, nesta idade, todo o organismo já está mais amadurecido para receber estes alimentos, digeri-los com determinadas enzimas digestivas. No nosso intestino existem bactérias que chamamos microbiota intestinal que ajudam a melhorar a digestão dos alimentos e podem, inclusive, atuar no metabolismo, defendendo o corpo de possíveis infecções e doenças crônicas, e aos 6 meses, o bebê já tem suas bactérias intestinais instaladas e eficazes. Os rins do bebê já são capazes de eliminar maiores quantidades de sódio e o sistema imunológico estão maduros para o contato com novas proteínas e demais elementos, evitando assim possíveis alergias alimentares. Por fim, um bebê deve ser sempre acompanhado durante suas refeições, nunca deixe seu filho comer algo sem supervisão. Evite engasgos e acidentes.
O primeiro alimento que um bebê recebe é o leite materno. Mesmo que seja a fórmula láctea, o leite é o primeiro composto que seu bebê vai ingerir. Quando falamos INTRODUÇÃO ALIMENTAR estamos nos referindo a outros alimentos que não o leite.